terça-feira, 17 de novembro de 2009

Centenário do nascimento de Frida Kahlo

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''Auto-retrato em um vestido de veludo'' (1926) Frida Kahlo

Contrária ao estereótipo doente
com que algumas pessoas se obstinam em identificá-la,
Frida foi uma mulher optimista e alegre.
GUADALUPE MARÍN

"Era uma mulher muito carismática, muito linda. A todos nos cativou desde que a vimos. Com o trato directo e o ensino foi cativando-me mais e por isso a segui até ela morrer. A amizade entre nós nasceu na escola e foi-se acrescentando com o tempo, ela tinha um dom muito especial, encorajava-te para lutares, estimulava-te para te superares. Alentou muito os seus alunos para se dedicarem à pintura, porque nessa época a gente que se dedicava à arte fazia arte por amor, já que não havia mercado, quase não havia galerias. Ela dizia-nos: De certeza que é isto o que querem? E encorajava-nos a que de verdade o fizéssemos. Além da sua grande personalidade, segurança e carisma, tinha uma maneira muito especial de ensinar que nos forçou a fazermos com que saísse de nós o próprio, o que foi o mais valioso do seu labor como mestra. Ao começar a faltar pola sua doença, preferiu renunciar; mas o director deu-lhe a opção de dar aulas na sua casa. Fomos para lá, e, no seu jardim, cheio de diversos animais, e com o seu ambiente mágico, recebíamos as suas aulas. Frida e Diego estavam muito dentro do nacionalismo e promoveram nos demais o amor polo artesanato mexicano, polos nossos costumes, polos ídolos pré-hispânicos e pola mobília à que muita gente não ligava. Frida foi uma mestra excepcional, porque apesar da sua doença, sempre foi atenta e amorosa com todos nós, os Fridos". - ARTURO ESTRADA



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FRIDA KAHLO - (Coyoacán, México, 6 de Julho de 1907 - Coyoacán, México, 13 de Julho de 1954)

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